sábado, 9 de março de 2013

“MÃES DE SANTA MARIA”!



Chovem as lágrimas salgadas,
Os sinos entoam a dor,
Sofrem as Mães dilaceradas,
Roubaram-lhe o maior amor,
Pergunta-se ao céu bem alto,
Porque tirar tanta juventude,
Não estavam a matar ou a roubar,
Apenas a Viver em plenitude.
Nenhuma Mãe devia perder o seu filho,
Tão cheios de vida e tanta luz,
Com eles levam toda a esperança,
Deixam a Mãe numa eterna cruz,
Soltou-se de vez o umbilical,
No coração abriu um fosso profundo,
Tantas casas ficarão sem Natal,
Tantos sorrisos perderam este Mundo.
Esse vazio que ninguém vai preencher,
Muito menos juntar essa Alma despedaçada,
Mas haverão muitas estrelas no céu,
A lembrar-vos o quanto por vós são Amadas.
Serão sempre vazias as palavras,
Para confortar o vosso coração,
Os abraços parecerão sempre gelados,
Ninguém vos vai devolver o chão,
O que vos dou é pouco de verdade,
Que depressa suavize no coração essa dor,
E que hoje as estrelas vos tirem da escuridão,
Que a doçura da Saudade,
Vos lembre o tamanho do Amor,
E que todas as noites venham os Anjos,
Sossegar vossa Alma, segurar a vossa mão!


Original de: Firmino César Gonçalves

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