domingo, 6 de abril de 2014

“A JANELA!”





Esta noite não feches a janela,
E se alguém disser que é loucura,
Diz que o teu corpo arde, 
Que tens a alma em fogueira,
Que precisas de uma leve brisa,
Ou então talvez,
Precises de um banho de lua,
Seres livre e sentir a tua rua,
Pois sentes a tua alma a sufocar,
Apenas não os deixes a janela fechar,
Eu irei aparecer,
Espero que não seja alta,
Pois o meu corpo não sofre de loucura,
A louca é a minha alma,
Tem asas, e não tem medo de voar,
Não fiques à minha espera,
Eu chegarei sem avisar,
Vou entrar nos teus sonhos,
Libertar os teus desejos,
Sentir a tua pele,
Deslizando suave,
Amando sem fim nem entrave,
Incendiar-te com os meus beijos,
Fundir-me no teu corpo,
Amar-te será tão pouco,
Escutarás a minha voz,
Sussurrando na tua mente,
Serei a tua água na sede,
Nos teus olhos serei estrela,
Quero sentir o teu universo,
Ser mais que este verso,
Levo-te a minha paixão ardente,
Não que o coração esteja doente,
É o meu corpo que queima,
É a minha mente que teima,
É a tua beleza,
Que faz a minha alma delirar.
Quando acordares,
Talvez não me encontres,
Talvez sintas ainda o meu perfume,
No teu corpo o meu lume,
As marcas dos meus beijos,
A minha voz a te embalar,
Repara nessa janela aberta,
Vai na varanda a minha procura,
Deixei lá a tua flor,
Numa carta o meu eterno beijo,
Talvez penses que foi um sonho,
Ou pior que a loucura,
Apenas deixa a janela aberta,
Deixa o universo decidir,
Se foi um sonho,
Ou uma noite de amor,
Um simples feitiço,
Do banho da eterna lua!

Original de: Firmino César Gonçalves

Sem comentários: