sábado, 1 de novembro de 2014

"A NOSSA NOITE!"




Não quero a calma,
Quero entrar no teu desassossego,
Mergulhar em toda a tua loucura,
Entrar nos teus prazeres mais profundos,
Entrelaçados no pele a pele,
Na descoberta dos ardentes desejos,
Nas tuas perigosas curvas guia-me,
Ao destino do teu vulcão,
Inebria-me o brilho da tua alma,
Meu corpo trémulo mas sem medo,
És a doença e a minha cura,
Delira com os meus dedos vagabundos,
Na tua boca deixo fogo com o mel,
Perdidos andam em ti os meu beijos,
A tua voz delira-me,
Pois o teu corpo arde em paixão.
Na parede, no chão ou na cama,
Caminhos da loucura ao prazer,
Prende-me nas tuas pernas,
Alimenta-me na beleza dos teus seios,
Dois corpos numa só chama,
Um fogo para deixar arder,
Noites que tornam-se eternas,
Dois corpos fracos e desolados,
Dos prazer tão cansados,
Corações de paixão tão cheios!

De: Firmino César Gonçalves

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