domingo, 22 de fevereiro de 2015

"MÃOS"!



São as minhas mãos ásperas do tempo,
Que deslizam e descobrem o teu sentir,
Vão além do que conheço,
Descobrem o caminho da paixão,
Afagam com o carinho do sentimento,
Levam a dor e trazem de volta o sorrir,
Uma mão é o meu humilde preço,
Para chegar ao teu coração.
Vou do teu rosto aos pés,
Tão suave e jamais apressado,
Inebriado com a tua beleza,
Na descoberta do teu vulcão,
Nas minhas mãos descubro quem és,
As curvas da loucura e do pecado,
Mas eu tenho a louca certeza,
Quero-te minha e só minha,
A Pecadora e a Rainha,
Aqui mesmo neste chão.
Nas minhas mãos suadas,
Perdidas na tua imensa fogueira,
Nas mais belas grutas do prazer,
E naquele abraço terno e protector,
Pele a pele geminadas,
Duas metades de uma paixão inteira,
São duas Almas a arder,
Quatro mãos que se fundem no Amor.
As duas mãos do teu pecado,
A Mão que te afaga a Alma na dor,
A que todas as manhãs,
E não importa onde estarás.
Escrevem-te o recado,
"És tu o meu eterno Amor"!

De: Firmino César Gonçalves

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